terça-feira, 26 de julho de 2011

Dia dos avós

Nunca tive 4 avós.

O meu avô António faleceu pouco depois de eu ter sido concebida. De resto, os meus avós maternos foram sempre muito próximos (fui criada com eles), a minha avó Fina não vivia propriamente perto, pelo que também nunca tivemos grande relação.

Entretanto os meus avós maternos separaram-se, o meu bú Humberto foi para a aldeia e fiquei a viver com a minha bó Gracinda. A minha avó Fina faleceu há quase 6 anos.

Sem estar aqui a fazer exclusões, a verdade é que sou muito próxima do meu bú Humberto, mesmo ele estando longe e da minha bó Gracinda (a minha bóinha das túlipas). Mesmo nunca tendo conhecido o meu avô António, toda a gente diz que era um Homem 5*, com um coração fora de série e que estava infinitamente desejoso de saber que eu viria. Nunca o chegou a saber. Mas dentro de mim tenho a ideia de um avô que está lá em cima, na estrelinha mais brilhante a olhar pra mim e sinto-o próximo. Foi assim desde criança.

Hoje é dia dos avós.
Hoje vou recordar os meus que já não estão cá, com quem apenas posso conversar em pensamento.
Hoje o meu bú continua a quase 300km de distancia, mas vou ligar-lhe pra lhe dar um beijijnho muito grande.
Hoje a minha bóinha está no hospital, mas hoje vou lá vê-la. Vou poder sentir o cheiro dela e o coraçãozinho dela a bater perto de mim. E ela vai abraçar-me com aqueles braços fofos e vai dar-me beijinhos e vai encher o meu coração de amor.

A minha bóinha diz que avó é mãe duas vezes. Não sei se é duas ou mais, também não importa... Só importa que Deus ma conserve por muito tempo ainda.

Sei que é a lei da vida, mas não concebo um mundo em que a minha bóinha não exista. E vou fazer questão de lhe mostrar isso sempre que possa.


Feliz dia dos avós!

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