segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Há memórias que o tempo jamais poderá apagar...

Muitas são as pessoas que ao longo dos anos passam pela nossa vida.


Algumas passam rapidamente e as suas recordações em nós são quase inexistentes. Outras, por sua vez, marcam a diferença e, à sua passagem, deixam um rasto que pode mudar-nos para sempre. A vida por vezes prega-nos partidas e sem darmos conta as pessoas são-nos retiradas sem um aviso prévio,como se de um penhor se tratasse. Quando isso acontece raramente temos tempo para dizer "Adeus", ou "Vou recordar-te sempre".

As amizades não são contratos e as pessoas não são meros peões num jogo de xadrês, que se manipulam de acordo com o que queremos! Nunca as situações se adaptam a nós, pelo contrário, nós é que precisamos de ter flexibilidade suficiente para nos adaptarmos a cada uma delas, de modo a sairmo-nos o melhor possível. Mas nem sempre é fácil.

Os tempos de solidão tornam-nos nostalgicos e a queda de uma lágrima é, por vezes, inevitável. Basta reparar em pequenas coisas para que memórias do passado nos arrebatam e nos transportem através dos tempos, a dias, locais, situações... que não voltam mais, por muito que façamos para que isso aconteça.

Tenho saudades da minha infância, dos amigos da escola, do despertar da adolescência, da confusão de sentimentos e emoções, das conversas inocentes, dos amores passageiros, das descobertas... Tudo isso está preciosamente gurdado no meu coração. E é tudo o que resta! Afinal, de um dia para o outro, somos lançados para um ambiente estranho, com falta de acolhimento e excesso de competitividade. A Lei da Selva, onde os leõs usam fato e gravata e os cordeiros, a monte, esperam por umaoportunidade. E como dizia uma professora minha, "O mundo não espera por nós... o mundo espera de nós!". E tudo o que vivemos não vamos viver mais. E as oportunidades que desperdiçamos, dificilmente voltam a ser-nos dadas.

Porque o tempo não pára quando dormimos! O rio continuará sempre a correr em direcção ao mar, do mesmo modo que o Homem continua a correr em busca da sua realização.

E enquanto cada grão de areia vai caindo de um lado para o outro da ampulheta, tudo o que nos resta é enfrentar o presente e recordar o que passou. Porque afinal, há memórias que o tempo jamais poderá apagar!

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